Tales of my story escreveu: Pokémon também tem protagonista que representa o jogador e escolher o gênero não causou nenhum problema.
Claro, eu entendo, a questão da Zelda e tudo mais, mas, tirando a saga de Wind Waker e Skyward Sword (melhor representação da Zelda ever), botar uma Linkle nem estragaria o clima, principalmente se for pra ter uma Zelda TP like, que é uma porta de emoção.
O Link de TP tem lá seus momentos expressivos. Aind que sim, bem fracos, mas estão lá. Principalmente em cenas envolvendo o par romântico do vilarejo lá. E concordo, Zelda de Skyward é amorzinho demais mesmo, a a relação entre os dois protagonistas é a melhor da franquia
Mas acho que Pokémon é um caso um pouco diferente. São personagens sem personalidade nenhuma. Ao menos nos jogos em que joguei, o protagonistas são meramente um boneco sem a menor expressão. São mais um avatar do jogador do que qualquer outra coisa. E sempre foram. Talvez pelas limitações tecnológicas dos portáteis, ou mesmo por uma decisão dos desenvolvedores (para manter a ideia de que você, jogador, é o treinador pokémon), os protagonistas nunca tiveram espaço para serem desenvolvidos nem por meio das mais simples expressões. A troca de gênero pouco (ou nada) influenciou nisso, mas porque antes já existia essa ideia de ausência de expressão, diferente de Zelda, em que nos jogos mais recentes esse ponto em específico foi mais trabalhado. Além do mais, um fator que diferenciaria Pokémon de Zelda nesse sentido é que em Pokémon o avatar mulher e o avatar homem são completamente diferentes entre si. Não existe esse conflito de "personalidades". Já em Zelda, se fosse confirmada a troca de gênero, teríamos dois personagens com aparência semelhante e reproduzindo o mesmo conceito de herói do tempo. Duas personalidades que conflitariam entre si. Enfraquece um pouco a imagem do protagonista enquanto personagem, pois o dividiria em dois.
Fora que empobreceria as relações do protagonista com os outros personagens do jogo, já que a questão da duplicidade de gêneros não permite que se explore tão bem, por exemplo, um aspecto romântico do jogo, como foi muito bem explorado em Skyward Sword. Alternativas existem, por mais que eu ache que a Nintendo nunca faria, como os pares românticos de Mass Effect. Mas tais alternativas tiram a ideia de ser algo único, o que também empobrece a relação entre os personagens, na minha opinião.
Por isso que eu prefiro que o gênero seja estabelecido logo, em vez de oferecer a oportunidade de troca. E seria muito foda se fosse mulher, podendo ter um par romântico homem no jogo, uma relação diferente e única com a princesa Zelda, além de enriquecer a mitologia da franquia, através da maior variedade de gênero que uma ''heróina do tempo'' traria.
Foda