200 Pounds Beauty é um daqueles filmes (tão repetidos) sobre uma garota cujo sonho é se tornar uma popstar. Típico filme de menininha mesmo. Mas a diferença é que aqui a protagonista (Hanna) é alguém que não pode entrar no mundo das cantoras famosas porque sua aparência não se encaixa nos padrões de beleza exigidos pela indústria da música. Porém, ela sabe cantar muito bem, é praticamente uma Susan Boyle oriental. Então o emprego dela é fazer o back vocal de uma bonitinha q só sabe dançar e enganar o mundo como se fosse a bonitinha cantando.
Porém, no seu íntimo, ela sofre por amar o seu produtor, um sujeito frio q só liga para o trabalho. Então, após ouvi-lo falar (in private) com a dançarina o q realmente pensava dela, Hanna fica amargurada e decide sair do emprego. Então, após uma tentativa frustrada de suicídio, ela vai a um cirurgião e o chantageia com coisas q sabe da vida dele, obrigando-o a mudar sua aparência 100%. E assim ele faz, e Hanna se torna uma beldade, entra para um concurso de novas cantoras para a mesma empresa em q trabalhava, é escolhida e começa a ficar famosa.
Bom, se estão se perguntando se o resto do filme é tão previsível e clichê quanto parece, a resposta é sim. O filme cria comédia a partir da gordura da moça (pouco, é verdade) e com a mudança de tratamento q ela recebe ao se tornar uma beldade. E basicamente, a mensagem é o conflito entre ser bonita por fora x ser você mesma ou ser bonita por dentro e ninguém te notar. E fazem tbm todo um drama sobre se é válido ou não mudar a sua aparência radicalmente por meio de cirurgia e etc.
O filme tbm explora todos aqueles lugares-comuns do tipo "agora q sou bonita e magra, deixe-me provar esse vestido q eu sempre quis!" Ai, amiga, q emoção!
Mostram tbm o pai da menina sendo rejeitado por ela pra não descobrirem a sua identidade, e claro, não falta aquele final típico com a pessoa se pronunciando pra uma plateia sobre quem ela é e sobre o poder do amor e da honestidade e da beleza interior, enfim...
Gostei q pelo menos <span class="spoiler-inline" onclick="if (this.className == 'spoiler-inline'){this.className = 'spoiler-inline show'}else {this.className = 'spoiler-inline'}">ela não fica com o cara no final, já q ele, ao meu ver, nunca a mereceu.</span> Mas falando sério, por mais divertido e engraçado q seja (confesso q me fartei de rir com as situações criadas), isso aqui poderia se passar por um filme made in USA tranquilamente. Não se diferencia muito de um "Raise your voice", "Lizzy McGuire" e outras obras abjetas feitas por encomenda pra agradar garotinhas de 16 anos.
Enfim, persiga seu sonho q vc consegue, seja vc mesmo, confie no seu coração q vc consegue chegar lá. Abraços.
Deixando a palhaçada de lado, se estão se perguntando pq eu fui ver um filme assim, foi uma recomendação q me fizeram. Quis dar uma chance sem julgar com preconceito e, embora admita q tem um fundinho de alma (bem inho mesmo) e consegue ser efetivo na comédia, ele sofre de toda a falta de imaginação e estereótipos estúpidos típicos de um filme do estilo. Entre eles estão: vilãzinha invejosa q quer roubar o lugar da
protagonista da história, o cara q não tem nenhum desenvolvimento mais profundo de personalidade, a amiga sem vida q só bajula a mocinha, o palhaço q só serve pra apanhar e protagonizar cenas ridículas e ser o alívio cômico do filme, os questionamentos fúteis e a repetição à exaustão deles, e por aí vai...
Quero q fique claro q eu não tenho nada (NADA mesmo) contra filmes comerciais, mas acho q ser apenas divertido e cômico não salva um filme numa análise séria e objetiva. Eu até confesso q acho mais graça desse estilo ianque de fazer comédia do q propriamente do humor oriental, mas isso é uma questão de cultura e meio em q vivo, não um mérito de 200 pounds beauty. Encaro como um filme-pipoca divertido q é acima da média de obras com essa temática, mas como filmes com essa temática costumam ser rasos, previsíveis e desumanizados like hell, isso não limpa muito a barra dele.
É isso, divertido, porém ordinário infelizmente.