Trilha Sonora de Horizon Zero Dawn Chega Hoje ao Spotify
Boas notícias! A trilha sonora oficial de Horizon Zero Dawn chega ao Spotify hoje, disponível agora no PlayStation Music. Com seus empolgantes ritmos tribais e comoventes performances vocais, a trilha sonora de Horizon Zero Dawn é bem diferente das trilhas sonoras anteriores da Guerrilla.
Ouça ao álbum completo aqui, uma semana antes de ele estar disponível em qualquer outro lugar.
Para honrar o lançamento da trilha sonora, nós nos reunimos com toda a equipe de compositores – Niels van der Leest, Joris de Man e The Flight – bem como com a vocalista Julie Elven e o Supervisor Musical da Guerrilla, Lucas van Tol, para falar sobre como essa memorável colaboração musical ganhou vida.
PlayStation.Blog: O que inspirou essa colaboração musical?
Lucas van Tol: Quando comecei a trabalhar na música, ainda não tinha um jogo para me basear, então decidimos focar nos três principais pilares de Horizon: máquinas, tribos e a natureza bela.
Primeiro trabalhamos nas músicas tribais. Nos perguntamos, “Como seria o som de uma tribo no futuro, após perder grande parte de sua cultura?” e também “Como podemos criar algo que parece música tribal mas não é necessariamente como a música tribal que conhecemos hoje?”
PSB: E como acabaram respondendo a essas perguntas?
Lucas: Bem, sabíamos que tínhamos muito trabalho pela frente. Então trouxemos ajuda de fora, começando por Niels van der Leest.
Niels van der Leest: Na verdade Lucas e eu tínhamos nos conhecido numa sessão de gravação para designers de som alguns meses antes. Ele descobriu que estudei percussão, então, quando ele entrou em contato comigo, me pediu para pesquisar estilos diferentes de músicas tribais e como poderia soar a música tribal de Horizon. Em julho de 2014 fiz uma apresentação baseada no que descobri ao diretor do jogo, os escritores e designers, e eles gostaram tanto que acabaram me colocando para fazer a música ‘diegética’ (de dentro do mundo) do jogo.
Lucas: Foi assim que conseguimos nosso primeiro compositor. Entretanto, sabíamos que precisaríamos de certa quantidade de música para o jogo, e que vários compositores seriam necessários.
PSB: Como encontrou o restante dos compositores para o projeto?
Lucas: Lá pelo final de 2014 decidimos abordar um antigo amigo do estúdio, Joris de Man, com quem havíamos trabalhado em Killzone 1, 2 e 3.
Joris de Man: O Lucas entrou em contato comigo e disse que estavam trabalhando num jogo novo. Me interessei de imediato já que ouvi falar que seria algo diferente de Killzone e estava bem curioso para ver o que estavam aprontando. Então tivemos uma conversa e ele me perguntou se eu queria contribuir com o projeto e criar um pouco de música.
O estúdio me forneceu um pouco da arte do jogo e um resumo do que se tratava, e eu fiquei impressionado, o escopo era muito ambicioso e bem diferente do que estava acostumado a ver da Guerrilla.
Lucas: Nossa idéia então era que o Joris se concentraria no pilar da ‘natureza bela’ e o Niels tomaria conta do pilar das ‘tribos’. O que significa que ainda precisávamos de alguém para cuidar do pilar das ‘máquinas’. E é aí que entra a The Flight.
PSB: Quem ou o que é a The Flight?
Alexis Smith: The Flight é uma dupla musical formada por Joe Henson e eu. Somos produtores de álbuns, artistas e compositores, mas já tínhamos trabalhado com alguns jogos; o último sendo Alien Isolation. Através do nosso agente ouvimos que a Guerrilla estava procurando mais membros para a equipe de compositores do seu novo projeto. Já conhecíamos Joris de Man de longa data, e achamos que seria divertido trabalhar com ele. Entramos em contato, tivemos uma conversa por vídeo com Lucas, e aí fizemos uma proposta.
Joe Henson: O que o Lucas pode nos mostrar do projeto foi incrível. Vindo da atmosfera escura e claustrofóbica de Alien Isolation para o verdejante mundo aberto de Horizon foi muito emocionante. Embora são dois jogos de ficção científica, são totalmente opostos nesse aspecto. Bem, tirando o fato de ambos terem uma protagonista feminina bem forte.
PSB: Um dos primeiros exemplos da música que o público ouviu foi o tema do trailer da E3 2015. Como foi isso?
Joris: Como a Guerrilla já estava trabalhando no jogo, tivemos que criar um tema memorável não só para o jogo em si, mas também para o trailer da E3. Como os compositores trabalham remotamente, tínhamos chats por vídeo semanais sobre o caminho que a música estava indo. Durante um desses chats, eu estava falando com o Lucas, e enquanto ele explicava o que iria mostrar no trailer da E3, a idéia do tema pulou na minha cabeça. Eu disse, “Me dá um segundo” e subi rápido para o meu estúdio para já tocar algo no piano.
PSB: Foi aí que a vocalista Julie Elven se envolveu no projeto?
Joris: Sim. Ouvi na minha cabeça uma voz feminina, e pensei – a Aloy é uma personagem feminina forte e bondosa, então seria bom ter uma voz de mulher que fosse forte e ao mesmo tempo gentil. Fiz umas ligações para ver se conseguia encontrar essa voz, e por sorte um compositor amigo meu estava trabalhando naquele momento com Julie. Ele me disse que achava que tinha a pessoa perfeita para mim. Fizemos um teste, e a Julie se saiu perfeitamente.
Julie: Foi bem engraçado, já que tinha acabado de começar a trabalhar com videogames. Antes disso, minha voz era ouvida quase sempre em trailers e trilhas de filmes. Quando o Joris entrou em contato comigo tinha uma apresentação para uma trilha de um jogo feita por Ian Livingstone marcada para o dia seguinte. Ele foi bem espontâneo – Joris apareceu e disse, “Ei, eu não te conheço, mas estaria interessada em fazer isso?” E assim de repente, me envolvi com trilhas de dois jogos distintos.
Depois da E3 trabalhamos mais na música juntos, principalmente em outros trailers e cenas do jogo. Nosso foco foi em dar voz às emoções da Aloy através do canto. A história dela nos fala da sua busca por sua identidade, grandes perdas, mas também sobre a coragem de superar obstáculos e perseverar. Estes aspectos estavam bem presentes para mim pessoalmente, e no meu trabalho vocal tentei expressar tanto a vulnerabilidade e a solidão quanto as facetas fortes e resistentes do mundo interno da Aloy.
PSB:Qual sua opinião geral sobre esta colaboração?
Niels: Foi extremamente divertido e recompensador. Criar uma história musical para o mundo inteiro de Horizon Zero Dawn precisou de pesquisa, tentativa e erro, mas tudo deu certo.
Joe: Foi um prazer trabalhar numa equipe com os outros compositores, e com o talento criativo da Guerilla que estava tão dedicado à sua visão única. As cores, máquinas, queda e renascimento da humanidade; tudo isso nos inspirou muito como compositores.
Joris: Em geral, sinto que foi um prazer absoluto esse desafio de traçar a jornada da Aloy musicalmente, e seguir por caminhos mais obscuros. De dobros curvados e violões a fujaras, cordas ao vivo, tambores taiko gigantescos e sintetizadores de circuitos dobrados, espero que os jogadores apreciem ouvir a trilha sonora tanto quanto nós gostamos de criá-la!
http://blog.br.playstation.com/2017/03/0...o-spotify/