14-03-2024, 08:21 PM
Zero escreveu: (14-03-2024, 08:07 PM)é que assim, o publico alvo de Final Fantasy 7R é quem curtiu a obra original, boa parte desse pessoal não tem mais saco pra sistema de combate por turnos. Somos a exceção, público médio pagante é cheio de frescuras e tabus "Ainnn nossa, esses cabelos carnavalescos, tinha que ser japonês!" ou "Sério que ainda fazem esse sistema parado em 2024?"
Quando fui apresentar o Persona 3 Reload pros parças, só 1 encarou, o resto desdenhou exatamente por ser de turno e ter o tema de salvar o mundo... todos com poder aquisitivos e regularmente compram lançamentos.
Apesar de não gostar de BG3 e jogos de estratégia, essa nova leva estão vendendo bem (sem comparar com games populares de gêneros padronizados), De um lado tempos games que vendem 8 Mi e são considerados "fracassos" ai vem um JRPG e vende 1kk e pessoal comemora muito.
Rapaz, eu entendo q o público hoje curte mais action rpgs do q turn-based, portanto a estratégia mercadológica da Square faz sentido. E nem estou entrando na questão de saber se o jogo é um bom action RPG ou não. Pode ser q sim.
Mas avaliando as coisas por um prisma mais amplo, é claro q estão apenas pegando um nome altamente conhecido e hypado (FF7) e alterando o enredo pra incluir coisas q fazem sucesso hoje, como elementos moe, timelines, tudo pensando em atingir o maior público possível.
Só q, por exemplo, se eu assisti ao Matrix 1 décadas atrás e agora veio o 4, eu espero uma experiência q seja fiel ao universo criado e digna da qualidade q existia antes. E aí vira um argumento extremamente simplista e desonesto qdo alguém vem dizer q eu estou só "sendo nostálgico" ao reclamar q o jogo não entrega algo parecido com o antigo.
Não é ser contra qualquer inovação, mas existe um core principal, um mínimo ali q é essencial e precisa ser respeitado pra não distorcer completamente a experiência original.
Então se um jovem q nasceu há 15 anos joga isso e curte, blz, eu não julgo. Mas quem teve a experiência anterior e tem uma visão mais ampla das coisas poderia ser mais honesto na avaliação, e é óbvio q ser fiel ao produto original pelo menos em certos aspectos basilares é importante.
Hoje a gente engole muita "reimagination" por causa de marketing, pq "tá todo mundo jogando e comentando, e eu não posso ficar de fora" e nisso se joga todo o senso crítico na lata do lixo.
Não tô dizendo q a pessoa não pode se divertir. Mas ter consciência do q é aquele produto e não colocar uma venda e fingir q a obra original não existe seria bom.