27-03-2024, 05:11 PM
~Review do Koto sobre o Playdate~
Premissa: ele é um portátil com tela preto e branco (usa a mesma tecnologia de leitores tipo kindle, inclusive) e o maior diferencial é a manivela, que é justamente pra usar nos jogos. Ele é um portátil feito pra jogos indies e experiências menores no geral, e eu duvido muito que um dia alcance o grande público. Ele é bem nicho, mais até do que o Evercade que eu comentei umas páginas atrás.
Sobre a manivela: é surpreendentemente legal e confortável de usar, e faz uma bela diferença nos jogos. E nem falo que ela é legal pra gimmicks (tipo você usar a manivela pra atirar uma metralhadora); de fato existem jogos que não funcionariam tão bem (ou simplesmente não funcionariam) se não fosse pela manivela. Pra ficar fácil de ilustrar: Space Invaders, Arkanoid e Pong são jogos que funcionam em um controle moderno e tudo, mas qualquer um que pôde jogar algum desses num controle de dial analógico sabe que faz uma diferença danada pra experiência. E a manivela do Playdate pra mim é a evolução do dial, porque traz os benefícios do dial com alguns extras.
O hardware em si também me surpreendeu. Ele parece mais cheap nas fotos, mas só quando tu pega um na mão que dá pra sentir que ele tem um acabamento muito bom, e parece bem resistente. O D-Pad e botões também são ótimos. No geral, ele é bem mais confortável do que eu tava imaginando que seria.
O combo dele ser um hardware simples + a tela eInk (que é a tela do Kindle e afins) é bem interessante pra performance: a bateria dele dura bastante e carrega muito rápido (de 0 a 100% carregando por 30/40 minutos). Deve ser o eletrônico que carrega mais rápido aqui em casa, nem meu barbeador é tão eficiente.
Ele só tem um problema que eu acho indenfensável: a tela não tem nenhum tipo de iluminação. Como a tela é eInk, não é tão ruim assim, mas eu ainda me pego aqui e ali inclinando o aparelho todo só pra enxergar melhor dependendo da iluminação do ambiente, como os astecas faziam com os primeiros Game Boys.
Sobre jogos: desde o fim do 3DS não tem tanto jogo legal com feel de portátil sendo feito (leia-se: algo que dê pra se divertir numa sessões de 3 minutos de jogo, no intervalo do trabalho). E a maioria dos jogos do console preenchem muito esse gap. São no geral jogos curtos, com sessões de jogo rápidas e com um balanço ótimo de experimental e polimento. Como todo mundo joga o playdate por causa da manivela, os jogos no geral são sempre desenvolvidos tendo ela como atração principal, então tem muito jogo aqui que você não vai ver em nenhum outro hardware.
Mas quem é atraído pelo Playdate são indies mesmo, e isso nunca vai mudar. O bafafá no momento é um jogo chamado Mars After Midgnight, que é o novo jogo do Lucas Pope (Return of the Obra Dinn, Papers Please) e que é exclusivo pro console. É um jogo muito único, extremamente polido, e, por bem ou por mal, curto. E é esse tipo de jogo que você pode esperar do console.
Sobre adquirir joguinhos:
Ele não tem cartucho nem nada, joguinho nele é 100% digital. E é tudo baratinho: acho que o jogo mais caro que eu vi na lojinha oficial dele até agora custava 6 dólares.
Pra botar seu jogo na loja oficial do console tu precisa passar por uma curadoria; mas quem não quer burocracia nenhuma vende o joguinho direto no Itch.io, e é bem tranquilo (e incentivado pela fabricante até) baixar coisa por fora e subir pro console.
Algo legal é que todo Playdate já vem com direito aos jogos da Season 1: são 24 jogos diferentes, e tem até um jogo do criador do Katamari na seleção.
Premissa: ele é um portátil com tela preto e branco (usa a mesma tecnologia de leitores tipo kindle, inclusive) e o maior diferencial é a manivela, que é justamente pra usar nos jogos. Ele é um portátil feito pra jogos indies e experiências menores no geral, e eu duvido muito que um dia alcance o grande público. Ele é bem nicho, mais até do que o Evercade que eu comentei umas páginas atrás.
Sobre a manivela: é surpreendentemente legal e confortável de usar, e faz uma bela diferença nos jogos. E nem falo que ela é legal pra gimmicks (tipo você usar a manivela pra atirar uma metralhadora); de fato existem jogos que não funcionariam tão bem (ou simplesmente não funcionariam) se não fosse pela manivela. Pra ficar fácil de ilustrar: Space Invaders, Arkanoid e Pong são jogos que funcionam em um controle moderno e tudo, mas qualquer um que pôde jogar algum desses num controle de dial analógico sabe que faz uma diferença danada pra experiência. E a manivela do Playdate pra mim é a evolução do dial, porque traz os benefícios do dial com alguns extras.
O hardware em si também me surpreendeu. Ele parece mais cheap nas fotos, mas só quando tu pega um na mão que dá pra sentir que ele tem um acabamento muito bom, e parece bem resistente. O D-Pad e botões também são ótimos. No geral, ele é bem mais confortável do que eu tava imaginando que seria.
O combo dele ser um hardware simples + a tela eInk (que é a tela do Kindle e afins) é bem interessante pra performance: a bateria dele dura bastante e carrega muito rápido (de 0 a 100% carregando por 30/40 minutos). Deve ser o eletrônico que carrega mais rápido aqui em casa, nem meu barbeador é tão eficiente.
Ele só tem um problema que eu acho indenfensável: a tela não tem nenhum tipo de iluminação. Como a tela é eInk, não é tão ruim assim, mas eu ainda me pego aqui e ali inclinando o aparelho todo só pra enxergar melhor dependendo da iluminação do ambiente, como os astecas faziam com os primeiros Game Boys.
Sobre jogos: desde o fim do 3DS não tem tanto jogo legal com feel de portátil sendo feito (leia-se: algo que dê pra se divertir numa sessões de 3 minutos de jogo, no intervalo do trabalho). E a maioria dos jogos do console preenchem muito esse gap. São no geral jogos curtos, com sessões de jogo rápidas e com um balanço ótimo de experimental e polimento. Como todo mundo joga o playdate por causa da manivela, os jogos no geral são sempre desenvolvidos tendo ela como atração principal, então tem muito jogo aqui que você não vai ver em nenhum outro hardware.
Mas quem é atraído pelo Playdate são indies mesmo, e isso nunca vai mudar. O bafafá no momento é um jogo chamado Mars After Midgnight, que é o novo jogo do Lucas Pope (Return of the Obra Dinn, Papers Please) e que é exclusivo pro console. É um jogo muito único, extremamente polido, e, por bem ou por mal, curto. E é esse tipo de jogo que você pode esperar do console.
Sobre adquirir joguinhos:
viceprince escreveu: (27-03-2024, 03:52 PM)Da hora. Depois me conta se é fácil arrumar jogo pra ele aqui do Brasil, porque se rolar vou pedir autorização pro Haddad me deixar importar um.
Ele não tem cartucho nem nada, joguinho nele é 100% digital. E é tudo baratinho: acho que o jogo mais caro que eu vi na lojinha oficial dele até agora custava 6 dólares.
Pra botar seu jogo na loja oficial do console tu precisa passar por uma curadoria; mas quem não quer burocracia nenhuma vende o joguinho direto no Itch.io, e é bem tranquilo (e incentivado pela fabricante até) baixar coisa por fora e subir pro console.
Algo legal é que todo Playdate já vem com direito aos jogos da Season 1: são 24 jogos diferentes, e tem até um jogo do criador do Katamari na seleção.