Mas é perfeitamente razoável mesmo ter essa preferência. Justamente por isso falamos "é óbvio que você não vai gostar de Rebirth", porque sabemos da preferência. Você se sentiu ofendido por algum motivo e a discussão tá vindo até agora.
Só que é só isso, uma preferência. É como falar "espero que não seja FPS" ou "não joguei porque é FPS". É justo, não tem nada de errado, mas não é um argumento. Não tem o que discutir, você não quer FPS, não jogue FPS. Você não quer Remake que não seja fiel, não deve jogar.
Agora, isso naturalmente não torna o jogo imune a críticas, só que tem que de fato fazer a crítica. Dizer que mudou não é uma crítica do conteúdo. Ironicamente, eu fiz bem mais críticas específicas que você. É disso que eu tô falando. Criticar aspectos dá pra ter uma discussão, dizer que é ruim porque mudou não dá, é só uma preferência. Não é uma preferência errada, só não tem o que discutir. É a opinião mais subjetiva possível, mas você parece achar que é objetivo, e quem discorda simplesmente não vê isso. Não faz sentido.
Eles tão criando uma alternativa nessa trilogia com mais equilíbrio, e com um planeta que, apesar de tudo, prevalece. Uma natureza que em pouco tempo reclama o que a humanidade estragou, o que é mais natural e realista (embora não necessariamente melhor, isso já é subjetivo) visto como precisamos literalmente lutar com a natureza regularmente pra manter cidades "limpas" e como diversos documentários demonstram o quão rápido a natureza reclama cidades abandonadas. Semanas sem jardinagem mudam drasticamente o cenário. A natureza não é tão fácil de derrubar assim.
Yoshinori Kitase: In a way, I consider that epilogue to be the true happy ending of FFVII. Well, it’s a happy ending even though all the human beings are destroyed. [Laughs]
Isso foi em 2005. É uma visão mais alinhada com a do Barret. Planeta sobre tudo, fazer o omelete independente de quantos ovos devem ser quebrados. Mas a visão dele é mais desafiada no Remake, porque os próprios devs parecem ter mudado a visão de mundo deles, e querem refletir isso no jogo novo. Só que seria conveniente e covarde fazer a mesma história, as mesmas causas levando a diferentes consequências. Então criaram uma metanarrativa onde novos eventos precisam ser justificados contra os eventos do original, convidando os usuários a comparar e julgar, dizer se é justificado.
É bem corajoso, e eu achei interessante pra caralho. A forma que fizeram isso é mais questionável, e acho multiverso uma merda incrível, mas a escrita de forma geral tô achando bem inteligente e sutil. E não é exatamente uma história de múltiplas timelines e os caralhos, eles brincam com isso durante a história, mas no fim das contas não é sobre achar a timeline onde vencem e pular pra lá, o que importa é a timeline central, tudo gira em torno dela. Tanto do ponto de vista do público que tá pouco se fudendo pra como a Tifa do universo B C ou Z vive, só quer saber do A, quanto do ponto de vista do próprio jogo que no Rebirth condena a maior timeline além da original, que é a do Zack do final de Remake. Ela tá fadada a sumir, questão de tempo. Não é um jogo de pular entre timelines pra achar a que derrotamos o Taynos
Mas ainda é tosco e brega porque multiverso é tosco e brega.
Só que é só isso, uma preferência. É como falar "espero que não seja FPS" ou "não joguei porque é FPS". É justo, não tem nada de errado, mas não é um argumento. Não tem o que discutir, você não quer FPS, não jogue FPS. Você não quer Remake que não seja fiel, não deve jogar.
Agora, isso naturalmente não torna o jogo imune a críticas, só que tem que de fato fazer a crítica. Dizer que mudou não é uma crítica do conteúdo. Ironicamente, eu fiz bem mais críticas específicas que você. É disso que eu tô falando. Criticar aspectos dá pra ter uma discussão, dizer que é ruim porque mudou não dá, é só uma preferência. Não é uma preferência errada, só não tem o que discutir. É a opinião mais subjetiva possível, mas você parece achar que é objetivo, e quem discorda simplesmente não vê isso. Não faz sentido.
Wander escreveu: (21-04-2025, 09:20 AM)Vou ser sincero: minha visão é de q vc nunca ligou ou gostou muito do universo do jogo original, e aí achou interessante q estavam reconstruindo todo o lore do jogo no Remake (ou ao menos uma parte bem grande dele). Pelo q já li de suas opiniões, vc considera muito clichê a abordagem original e pensa q poderiam representar a Avalanche como um grupo "menos perfeitinho" e q a luta de um lado q está obviamente a favor do bem contra outro lado q está obviamente do lado do mal não te atrai muito. Vc prefere um lore onde se retrate mais os personagens como certos ou errados a depender da situação ou de um ponto de vista subjetivo. Eu não gosto muito disso, acho esse tipo de relativização bastante ideológica e progressista, a meu ver. É uma guerra entre um grupo q defende a vida das pessoas x uma organização q suga o elemento vital pra existência do planeta, o Mako, em busca de profit, mais nada. O q me incomoda é querer sempre colocar q a Avalanche é um grupo do mal pq causou colateral damage aqui e ali. Parece aquele diálogo idiota do Lazarevic com o Drake em U2: "Muh, vc é mal tbm pq matou meus soldados pra chegar até aqui". Como se conceitos como a legítima defesa e mortes acidentais não tivessem importância nenhuma. Contexto é jogado no lixo pra tentar nivelar todo mundo por baixo.Isso é de uma burrice ímpar da sua parte, porque a minha crítica era justamente que o Remake FEZ o que você tá defendendo. O Remake lavou as mãos deles por culpar a Shinra por todas as mortes, a bomba da Jessie não matou ninguém. Isso é covarde ao meu ver, o original NÃO fazia isso, o original confrontava os personagens pelas consequências das ações deles. O original que é "ideológico e progressista" nessa sua visão estúpida. Que merda tu tá falando? Vai lamber sal.
Wander escreveu: (21-04-2025, 09:20 AM)Aí vem o post q vc referenciou: pelo q entendi, vc estava achando q o enredo original de Final Fantasy VII defendia q a humanidade é um parasita. Mas não é isso, o lore de FFVII nunca defendeu q o ser humano era um parasita. Pelo contrário, a ideia é de q a vida é um ciclo perfeito em q, qdo uma alma morre, ela vai para o lifestream colaborar para a manutenção do planeta. A vida, em outras palavras, vira a energia motriz q mantém o planeta "de pé". Os parasitas são aqueles q sugam esse lifestream pelo lucro, ou seja, a Shinra.Não o enredo como um todo, o epílogo especificamente. O planeta se cura com a humanidade sumindo. A Shinra não existe em um vácuo da humanidade, não é porque eles pegaram a doença do capeta que fez eles malvados. Ganância não começa e termina na pessoa jurídica Shinra Company. Outros surgiriam e surgirão. Acreditar no contrário é ignorar os princípios básicos de toda a literatura que FFVII se inspira pra criar seu mundo, principalmente Midgar.
Eles tão criando uma alternativa nessa trilogia com mais equilíbrio, e com um planeta que, apesar de tudo, prevalece. Uma natureza que em pouco tempo reclama o que a humanidade estragou, o que é mais natural e realista (embora não necessariamente melhor, isso já é subjetivo) visto como precisamos literalmente lutar com a natureza regularmente pra manter cidades "limpas" e como diversos documentários demonstram o quão rápido a natureza reclama cidades abandonadas. Semanas sem jardinagem mudam drasticamente o cenário. A natureza não é tão fácil de derrubar assim.
Yoshinori Kitase: In a way, I consider that epilogue to be the true happy ending of FFVII. Well, it’s a happy ending even though all the human beings are destroyed. [Laughs]
Isso foi em 2005. É uma visão mais alinhada com a do Barret. Planeta sobre tudo, fazer o omelete independente de quantos ovos devem ser quebrados. Mas a visão dele é mais desafiada no Remake, porque os próprios devs parecem ter mudado a visão de mundo deles, e querem refletir isso no jogo novo. Só que seria conveniente e covarde fazer a mesma história, as mesmas causas levando a diferentes consequências. Então criaram uma metanarrativa onde novos eventos precisam ser justificados contra os eventos do original, convidando os usuários a comparar e julgar, dizer se é justificado.
É bem corajoso, e eu achei interessante pra caralho. A forma que fizeram isso é mais questionável, e acho multiverso uma merda incrível, mas a escrita de forma geral tô achando bem inteligente e sutil. E não é exatamente uma história de múltiplas timelines e os caralhos, eles brincam com isso durante a história, mas no fim das contas não é sobre achar a timeline onde vencem e pular pra lá, o que importa é a timeline central, tudo gira em torno dela. Tanto do ponto de vista do público que tá pouco se fudendo pra como a Tifa do universo B C ou Z vive, só quer saber do A, quanto do ponto de vista do próprio jogo que no Rebirth condena a maior timeline além da original, que é a do Zack do final de Remake. Ela tá fadada a sumir, questão de tempo. Não é um jogo de pular entre timelines pra achar a que derrotamos o Taynos

Mas ainda é tosco e brega porque multiverso é tosco e brega.