Brasil não leva a sério o mercado de games e perde espaço
#1
Fortes sinais já foram dados em abril, com a divulgação de uma pesquisa patrocinada pelo BNDES sobre o potencial do Brasil com a indústria de jogos eletrônicos. Mas uma audiência realizada nesta terça, 27/5, na Câmara dos Deputados, foi uma ducha gelada nas expectativas: o país "joga contra" avanços.
"É um mercado muito sério, mas no Brasil não é levado a sério. Não bastasse ainda sofrer preconceito, é um setor que tem 72% de imposto", lamentou o presidente da Associação Cultural, Industrial e Cultural de Jogos Eletrônicos, Moacir Avelyno.
O potencial desse mercado é evidente. Só no Brasil o mercado de games é estimado em US$ 2,6 bilhões anuais - é superior a US$ 75 bilhões em nível global - o país aparece em geral como quarto maior consumidor mundial de jogos eletrônicos. Mas a fatia que vai para bolsos brasileiros é pequena.
"São poucas empresas, com faturamento muito baixo, que ficam com 0,3% do mercado total, e apenas 8,4% do mercado brasileiro. É incrível, mas temos 40 milhões de jogadores assíduos, que jogam pelo menos uma vez ao mês, mas não conseguimos capturar isso", destaca o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya.
O diretor jurídico da Associação Brasileira de Empresas de Software, Manoel Antonio dos Santos, fez coro. "Somos o sétimo maior mercado mundial de TI, mas em games não conseguimos reproduzir nada parecido. Temos um sistema tributário perverso, há carência absoluta de qualificação profissional, a indústria ainda está aprendendo a caminhar e o estímulo governamental é inexistente."
O cenário, portanto, é muito pouco animador. Há cerca de um mês, um estudo do BNDES já indicava que de 133 empresas brasileiras identificadas, o faturamento médio não passava de R$ 240 mil por ano. E, naturalmente, listava as dores naturais de qualquer brasileiro que queira empreender.
A queixa da falta de estímulos públicos foi, na prática, confirmada por representante de três pastas - Comunicações, Ciência & Tecnologia e Cultura - presentes ao debate. A única delas que conseguiu demonstrar algum tipo de programa efetivo direcionado a jogos, Comunicações, calcula incentivos de aproximadamente R$ 26 milhões.
Como descreveu o secretário executivo substituto do Minicom, James Görgen, tratam-se de arranjos locais para uso compartilhado de infraestruturas como render farms ou estúdios de captação de movimentos, criadas em Recife-PE, Rio de Janeiro-RJ e Porto Alegre-RS. ''É pouco diante dos números desse mundo'', reconhece Görgen.
Os colegas do MCTI e da Cultura, no entanto, em que pese considerarem o setor muito importante para o desenvolvimento, sequer conseguiram alinhar projetos nesse setor. Segundo o coordenador de cultura digital do MinC, José Murilo, a pasta avalia criar um grupo de trabalho ''para no próximo semestre formatar política mais concreta para o campo''.
Não chega a surpreender, portanto, como mencionou Saboya, do Porto Digital, que duas empresas daquele centro incubador em Recife tenha desaparecido - uma porque foram todos contratados por uma desenvolvedora da Finlândia. A outra, de forma semelhante foram todos para o Canadá.
Alguns países, por sinal, investem fortemente no setor de games. ''Na França e no Canadá, eles pagam 50% e 70% dos projetos relacionados a jogos. Tem outros. Na Tunísia, o imposto sobre os games é zero'', listou o presidente da Acigames, Moacir Avelyno.


http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/...=5#.U4al8fldWII
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#2
É uma mídia fortíssma, mas os velhos políticos tratam como brincadeira de criança algo irrelevante
Se eles soubessem o tanto de empregos que gera, o dinheiro que movimenta, toda aprodução e marketing em torno disso...
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#3
Moacir Avelyno??? Lol

Mas velhos, estamos no Brasil, nada é levado a sério aqui, só carnaval, nem futebol realmente é...
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#4
play more escreveu: Moacir Avelyno??? Lol

Mas velhos, estamos no Brasil, nada é levado a sério aqui, só carnaval, nem futebol realmente é...
Diogenes Leopoldo
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#5
O que o Brasil leva a sério?
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#6
Wintry_Flutist escreveu: O que o Brasil leva a sério?

Impostos, carnaval e o "jeitinho brasileiro" (aka roubalheira, pilantragem etc).
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#7
Wintry_Flutist escreveu: O que o Brasil leva a sério?
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#8
lamentou o presidente da Associação Cultural, Industrial e Cultural de Jogos Eletrônicos, Moacir Avelyno.


OK.
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#9
Wintry_Flutist escreveu: O que o Brasil leva a sério?
Downgrades gráficos e frames por segundo.
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#10
Brasil leva a sério essa copa e esse futebol de favela.
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#11
Só o jogo do Banco Imobiliário está em alta hoje no Brasil. E o item mais desejado é o freepass na cadeia.
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#12
Eu não acho que deva haver alguma regalia para o setor de games.
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#13
TheDreadLord escreveu: Eu não acho que deva haver alguma regalia para o setor de games.
2

O que deveria acontecer é investimento na formação de profissionais, e principalmente que o governo não fique no meio do caminho com barreiras/burocracias impossíveis de se lidar. Empreender no Brasil é coisa de louco.
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#14
Cadê o PT para lançar o Meu Jogo Minha Vida?
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#15
DD Power escreveu: 2

O que deveria acontecer é investimento na formação de profissionais, e principalmente que o governo não fique no meio do caminho com barreiras/burocracias impossíveis de se lidar. Empreender no Brasil é coisa de louco.

Sim, exatamente. Deveria investir na qualidade dos empreendedores e vou além... Dos próprios profissionas que trabalham com games no Brasil. O nível técnico da grande maioria não chega nem perto da galera lá fora.

Além disso, aqui no Brasil existem várias devs voltadas para os mais diferentes setores que vão conseguindo o seu espaço. Por que as de games não seguem o mesmo caminho?
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#16
DD Power escreveu: Empreender no Brasil é coisa de louco.

Pode fechar o tópico.

Esse paisinho aqui não incentiva nada, vai incentivar games? Ainda mais com um monte de gente arcaica lá no Planalto? E se soubessem o tanto que poderiam faturar em cima, eles abririam o olho...
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