16-07-2020, 08:02 PM
HeRinger escreveu: (16-07-2020, 07:46 PM)
Errr, esse é exatamente o ponto do segundo jogo, que o ciclo de vingança é absurdo e eventualmente alguém tem que quebrá-lo. Só que o senso de justiça das pessoas não é lógico, é emocional, então nesse ponto a representação das motivações de Abby e Ellie é verossímil. No universo do jogo, a morte de Joel é perfeitamente justificável não só por ele ter matado o pai da Abby, mas pelo tipo de pessoa que era. Nesse universo, para pessoas com o compasso moral do Joel, morrer como ele morreu é o natural e esperado. Tanto que antes de saber quem o matou, a Ellie diz não ter ideia de quem possa ter sido, já que o Joel teria dado motivos para inúmeras pessoas.
Novamente, achei a execução péssima, mas o problema não está na morte do Joel. Esse é o take mais raso possível. A história do jogo poderia ter sido foda mesmo com o Joel morrendo.
E dizer que "quem gosta da Abby só pode ser esquerdista, sonysta, taxista, frentista" é coisa de debilóide que não tem contato social o suficiente para entender que as pessoas podem ter perspectivas diferentes sem ser movidas por ideologia política ou paixão cega. E olha que eu sou de direita e achei que forçaram com a Abby, mas menos né.
Nosso ponto de divergência é sobre ser justificável. A palavra "compreensível" caberia bem melhor ao meu ver. Sem dúvida, se alguém mata um ente querido seu, a tendência natural é abandonar a racionalidade e ir buscar vingança, ainda q muitas vezes aquela pessoa tenha merecido o q lhe ocorreu.
E é verdade q muita gente odiava o Joel e procuraria mata-lo, o q é diferente de dizer q é justo.
Sobre a Abby, claramente vc se conectou emocionalmente à personagem, isso é ok. Só não vejo como defender racionalmente ela. Falei de esquerdismo pq bem e mal não são relativos, e o q a história tenta passar a qualquer custo é essa visão de q o Joel era no fundo o vilão do primeiro jogo e precisava ser morto. Não é questão de ter contato social, é q tem absurdos q não são defensáveis, por mais q se queira ter um diálogo com várias visões.