Gbraga Returns escreveu: (17-07-2020, 09:18 AM)Você estaria defendendo o cunhado da Ana Hickmann se ele tivesse um histórico de fazer emboscadas e matar inocentes pra roubar roupas e recursos?
Que comparação nadave, a vida do Joel não se resume aos eventos do primeiro jogo, e isso é expressado de forma explícita pelo personagem por diálogo. O estado de mente dele no primeiro jogo é, como definido na descrição do personagem enquanto faziam casting, "um homem com poucas barreiras morais a serem cruzadas".
Quem tá defendendo bandido é você, se quiser insistir em comparação com a vida real. Ainnn mas ele é tão bom, dá gás pra população.
O irmão dele tem PTSD pelo que fizeram "pra sobreviver", ffs.
Mas o q o histórico de fazer emboscadas tem a ver? O ponto é q vc e o Heringer estão inventando motivos pra justificar a morte do Joel nas mãos da Abby. Se ele fez emboscadas contra alguém pra roubar recursos (bem questionável essa informação, na verdade ele é roubado por um cara no início do jogo), então q a pessoa q sofreu a emboscada vá atrás dele e o mate. Ok, nem estaria discutindo nada aqui. Mas vc está justificando uma pessoa q NÃO tinha razão matar o Joel de maneira totalmente brutal com esse discurso de desconstrução do personagem.
Gbraga Returns escreveu: (17-07-2020, 09:23 AM)Caralho, mas MUITA gente pensava assim.
Grande parte da discussão acerca do final do primeiro jogo tinha gente defendendo que ele era mau por fazer o que fez, e sempre defendi o contrário justamente na premissa de que "bem e mal" são formas absurdamente rasas e desencontradas de interpretar o universo desse jogo. "Egoísmo e altruísmo" caberiam mais, mas com o diferencial de que, naquele ponto, a menina era filha dele. E um pai fazer coisas moralmente questionáveis pela filha é o padrão, não a exceção.
O desafio era justamente vender que eles se tornariam pai e filha "adotivos", pra então o jogador aceitar que ele faria tudo por ela.
Como dito pelo próprio Druckmann:
"O motivo para não fazermos Ellia a filha de Joel desde o começo é que não teríamos para onde ir. É claro que, neste ponto, ele estaria disposto a fazer qualquer coisa por sua filha. Porque é o que um pai faria por sua filha. Eles nem se conheciam no começo da história. Então nós começamos do zero. O jogador basicamente tem o mesmo relacionamento com Ellie que Joel. E nós podemos tomar nosso tempo, para construir essa relação entre estes personagens. E, se fizermos direito, então o jogador vai sentir este mesmo crescimento."
Dito em Grounded, the Making of The Last of Us, 2013.
Não pelos eventos finais. Se o questionamento de ser mau era pelos eventos do final do jogo, então esse povo tinha problemas mentais.